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Fabiane Santiago quer soluções para água
10 ABR 2014

Em Brasília, Roberto Santiago e Fabiane Santiago buscam soluções para a crise do abastecimento de água

            Na tarde de quinta-feira (3), o deputado federal Roberto Santiago e a superintendente da SAAE de Atibaia, Fabiane Santiago, participaram da audiência pública realizada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDEIC), em Brasília, que debateu os riscos de falta de água no Estado de São Paulo. Conforme informações oficiais, o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira está em 13% da capacidade.

            Diante dos índices preocupantes, Santiago criticou o Governo do Estado e a Sabesp pela falta de planejamento e pela inexistência de incentivos e investimentos nos municípios do Sistema Cantareira, que apesar de serem explorados por suas águas, não têm a atenção merecida. “A recuperação do Sistema Cantareira vai demorar no mínimo 15 anos. Temos ainda a Copa do Mundo, com milhares de turistas, que agravará, ainda mais, a situação”, lembrou Santiago.

            A audiência contou ainda com a presença de Vicente Andreu Guillo, diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), e Ricardo Araújo, representante da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que confirmaram a possibilidade de racionamento. “Precisamos agora de medidas preventivas e de torcer para que chova”, disse o presidente da ANA. “Não há solução a curto prazo. Temos que continuar tentando manter o abastecimento dentro das restrições”, complementou Araújo.

            O relatório gerado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aponta que neste cenário de estiagem a água do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo e a região de Campinas, poderia acabar ainda neste semestre. Além disso, uma situação extrema poderia gerar uma disputa pela água entre as regiões.

            A superintendente da SAAE de Atibaia, Fabiane Santiago, afirmou que se deve aproveitar o momento para discutir medidas que possam ser implantadas para sanar a situação “É preciso definir os investimentos, começar campanhas de racionamento e conservação da água, construção de reservatórios e aceleração das obras em andamento”, destacou Fabiane. “Outra medida que merece ser discutida é a reestruturação da rede para evitar perdas entre a captação da água até a chegada à casa do consumidor”, completou.

            A possível captação de água de um afluente do Rio Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, para socorrer o Sistema Cantareira também foi discutida durante a audiência. A medida vem gerando embate entre os governos carioca e paulista. “Querem politizar e 'passionalizar' uma decisão técnica. É uma solução razoável. Precisamos, agora, reunir os estados para discutir uma solução viável”, afirmou Santiago.

 
 
 

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